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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Triste começo (01/01/16)

    Aqui não há estrofes metodicamente separadas nem rimas intencionais, mas sim apenas mais um dos sentimentos infelizes que são provocados de vez em quando e de forma inesperada. Um amigo que se vai é um número a mais no placar da saudade, ainda mais quando é uma ida sem volta. A falta que sentimos após poucos dias não ultrapassa a alegria que ele sente ao nos ver após horas, é a experiência de ter um companheiro com o qual desejamos o máximo de contato possível em sua vida relativamente curta.
    Imagino então que ele agora descansa em paz, talvez melhor do que quando terminava uma refeição e se deitava com a barriga para cima, próximo ao sofá, este mesmo que ele subira, horas antes, para solicitar um gesto de carinho que eu fiz e ainda prometi lhe dar um banho ao amanhecer, o primeiro banho do ano, era metade da madrugada de mais um primeiro de janeiro.
    Então, refleti como certas coisas são tão fugazes, como um novo ano emerge após um mero segundo, e que podemos perder um amigo em minutos. Era um ano que acabava de ir embora para sempre, e nem sequer avisou que meu cachorrinho iria horas depois, sem volta. É um triste começo, a pior forma de se iniciar uma nova etapa cronológica.

Adeus, bom amigo.

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