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sábado, 3 de outubro de 2015

Acaso (03/10/15)

Nos prantos e lamentos, na dor e no sofrimento
Surge a dúvida do "acaso".
Tanta imprevisibilidade quanto à felicidade
Que do tempo me desfaço.

Toda a ventania pela qual você passa,
Sua infeliz derrota e todo esse cansaço,
A infalível vitória, como água que sai da rocha,
Será que tudo isso foi por acaso?

O movimento dos astros longínquos?
A explosão de uma estrela que brilhava?
O exacerbado calor do sol, certos raios para nós iníquos?
Os centímetros que a lua de nós se afasta?

Ora! óbvio que não!
Pois um evento leva consequências
Como um pedido de perdão,
Que só quer do remorso a ausência.

Mas e uma simples palavra dita?
Aquela pedra que você chutou?
Sua mente, por um momento distraída?
Aquele lugar que você não foi?

A desistência de escolher uma cor,
A mudança de alguma opção,
Alguns cliques distintos no computador,
E cada folha que cai no chão?

Certas coisas não são simples como se pensa,
Nossas escolhas geram caminhos,
Um momento pode mudar o que era tendência,
Tornar o bom até o mais mesquinho.

Imagine mexer em algo ao voltar no tempo,
Esperar outro ônibus, caminhar mais devagar, não fazer nada.
Talvez você nem estivesse aqui, lendo,
Quiçá eu nem pensasse em escrever essas palavras.

Newton só precisou ver uma maçã cair,
Einstein, correndo como a luz se imaginou.
E você, acha que pequenas coisas são por acaso?
Talvez tenha provocado impactos que ainda nem notou.




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