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domingo, 26 de abril de 2015

Falando ao papel (11/03/15)

Olha, papel, na tua frente de novo estou.
Venho te marcar com escrita, sem recitar esta.
Escrever meus sentimentos, alegria ou tristeza,
De forma bem singela, pois pouco me acho poeta.

Tua celulose é parte minha, mas minha mente não é teu branco.
Com minha vida, dou-lhe vida,
Desabafos solitários, estranhos de se entender,
Gerando mil palavras meu coração palpita.

Em tuas linhas exponho minhas entrelinhas.
Como a flor que não tenho, equiparo a frases achadas,
Pois se ela aqui não está, nem muito menos minha é,
Prometo, pela ortografia, pôr seu nome entre aspas.

Que as lágrimas não borrem a tinta,
Que a borracha não limpe o grafite,
Os meus rabiscos de cor cinza.
Que o papel reflita meu sorriso, sem limite.

Não rebusco minhas palavras, talvez pobres são minhas rimas.
Vem à tona a vontade, mas nem sempre me contento,
Com minha humilde poesia, raciocino, e discorro.
Agora, meu papel, faça apenas seu papel, registrando o que penso.

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